OPERAÇÃO JÖRMUNGAND – FASE 4

A equipe OSOK participou da 4ª fase da “Operação Jörmungand”, que ocorreu no dia 01/03/2020, na cidade de Capão da Canoa/RS. Este capítulo deu continuidade na batalha entre Ucrânia e Rússia que, desde o início, se mostra bem acirrada entre as forças.

Os JSOC (OSOK) participaram com missões próprias, mas convergentes ao objetivo ucraniano: a expulsão dos inimigos de seu território.

A estrada até aqui

Rússia e Ucrânia se enfrentaram massivamente desde os primórdios do confronto. A invasão russa causou grandes baixas nos despreparados ucranianos (vide Fase I e II). Com o auxílio de blindados, a força inimiga esmagou as defesas das forças locais.

A reação aliada ocorreu no terceiro confronto (Fase III), quando houve o contra ataque noturno, repelindo o grupamento inimigo, mas deixando um importante oficial General fugir.

O grupamento JSOC esteve presente em todas as batalhas. No início, tentou resistir junto aos ucranianos e fazer o reconhecimento bélico dos invasores. Na batalha noturna, foram designados para eliminar o principal comandante russo. Tal missão não foi cumprida, devido o não reconhecimento do mesmo no local fornecido pela inteligência.

Ao amanhecer, o exército inimigo se organizava para se restabelecer no local outrora expulsos. Reforços se aproximavam e o confronto era inevitável, tanto aos ucranianos, quanto aos JSOC presentes. Não se podia permitir que os invasores permanecessem novamente no terreno.

Assim iniciou-se a 4ª Fase da “Operação Jörmungand”.

Reforços necessários

Na manhã seguinte a batalha noturna, somente três soldados JSOC permaneceram na região para tratativas com os combatentes locais. Entretanto, sentinelas avistaram russos se aproximando com blindados.

Devido a este fato, foram chamados reforços ao grupamento JSOC, que rapidamente chegaram, aumentando o contingente para seis combatentes. Um novo ataque inimigo se aproximava.

Os objetivos visavam a sabotagem, eliminação de alvo e localização de peça bélica de grande importância aos aliados.

Provisoriamente estabelecidos, os russos iniciaram o confronto. A localização de seu destacamento estava a oeste do mapa, quanto aos ucranianos, estavam em um vilarejo ao leste.

Uma estrada no meio da mata ligava os locais. Havia o receio de investida de blindados pela via.

Os JSOC contornaram a parte norte do território para fazer o reconhecimento. O caminhar na colina era feito em linha, por vezes em cunha. O deslocamento ponto a ponto entre as árvores, com varrimento do campo de visão, era cuidadosamente realizado. A colina permitiu a visualização da base russa.

Mas, continuar pela parte norte do mapa não era seguro, havia um descampado entre o pé da colina e o início da próxima vegetação. Alguns soldados inimigos estavam espalhados entre as pequenas trincheiras, prontos a abater a quem ousasse transpor o terreno sem cobertura.

Somente a parte sul era provida de mata densa, que possibilitaria a transposição segura. Porém, foi comunicado por rádio que um blindado estaria se aproximando pela estrada.

Um dos objetivos do grupamento era justamente desabilitar qualquer viatura russa, já que elas seriam utilizadas contra a parca infantaria ucraniana. Com rápido deslocamento, iniciou-se uma travessia pela mata ao lado sul da estrada.

Com grande número para um movimento silencioso, o grupamento se dividiu em dois. Um avançava na mata silenciosamente até fazer a varredura, comunicando ao restante do grupo para que pudessem transpor mais rapidamente.

Assim, foram se deslocando até o ponto onde inimigos estavam se aproximando. O grupamento JSOC estava cerca de seis a oito metros dentro da mata, ao lado da estrada. Os inimigos russos estavam na estrada, alguns debatendo sobre a batalha, outros em deslocamento.

Nestes instantes de proximidade com o inimigo, os JSOC ficavam silentes na mata, nenhum movimento era feito. Alguns insetos aproveitavam o momento, mas o foco na missão era necessário. Um movimento dos soldados americanos, causaria um confronto desnecessário e certamente prejudicial.

Com o distanciamento, o deslocamento era retomado. Cada passo era realizado com leveza, pois mesmo não sendo outono, haviam muitas folhas secas e pequenos galhos no chão.

Cada explosão, rajada de armas, ou até mesmo o vento, eram aproveitados para abafar o inevitável barulho de folhas e galhos quebrando a cada passo. Em busca dos blindados, o indesejado ocorreu: um sentinela estava à espreita na mata. Mesmo tendo sido rapidamente abatido, este tivera disparado seu rifle, alertando os demais inimigos próximos.

Um confronto se instaurou. Os três JSOC se posicionaram guardando cada um 60º de visão, sendo um virado para oeste, outro para noroeste e o terceiro para sudoeste. Os inimigos eram abatidos um a um. Corpos se acumulavam nas pequenas trilhas. Aproveitando este fato, russos rastejavam sob a cobertura dos corpos mortos de seus compatriotas.

Cerca de dez baixas confirmadas foram realizadas. A situação se agravava. Muitos inimigos cercavam os três soldados. Então, foi ordenada a retirada, silenciosa, para despistar os combatentes invasores.

Em local seguro e com visualização de eventual soldado que os seguisse, os JSOC esperaram por certo tempo. Um soldado russo havia seguido os rastros e estava chegando próximo. O inimigo ficou sob mira até que saísse do local, pensando não haver mais soldados americanos na mata.

Novamente o deslocamento foi retomado, mas por somente 50 metros. Um tossir alertou a presença de um inimigo nas proximidades. Os JSOC observaram por longo tempo, mas nada visualizaram. De repente, algo movia-se: um sniper com ghillie estava de sentinela dentro da mata fechada.

Imperceptível outrora, mesmo com o som de suas constantes tossidas, foi abatido e o grupamento seguiu pela mata.

Intransponível em determinado ponto, levou os JSOC a ficarem próximos da estrada. No mesmo instante, uma das viaturas retornava para base russa. Rapidamente, um explosivo foi instalado na via.

O ajuste do timer foi de 10 segundos, calculado pela distância e velocidade do veículo. Entretanto, o veículo acelerou e a explosão danificou somente a parte traseira, não impedindo que empregasse fuga.

Neste ínterim, os ucranianos comunicaram que estavam sob ataque.

O blindado mor

Em caloroso confronto, russos e ucranianos se digladiavam nas proximidades da base aliada. Um grande blindado de transporte levava com segurança pelotões russos para os edifícios marginais da linha de defesa ucraniana.

Não havia o que se fazer. A infantaria local não possuía poder de fogo que destruísse o veículo russo.

Os JSOC aceleraram o retorno para base aliada. Ao chegarem no local, os inimigos já haviam se retirado, pois sofreram severas baixas. De igual forma, os remanescentes ucranianos relataram sobre o ocorrido e que haviam localizado a ogiva, acomodada cuidadosamente em uma caixa vermelha.

Esta foi levada ao vilarejo próximo e guarnecida até que reforços ucranianos chegassem. Talvez a ogiva seria empregada futuramente, sendo o motivo de sua importância.

Os russos sabiam da ogiva e se preparavam para nova ofensiva. O blindado deveria ser destruído. Os seis JSOC retornaram rapidamente pela estrada. Levavam consigo artefatos explosivos.

Transcorrido certo tempo na estrada, ouviu-se o motor do blindado. Observou-se então, a aproximação do blindado e um pelotão de infantaria russa. Foi dada a ordem de embrenhar na mata. Os segundos que precediam a passagem dos inimigos corriam vagarosamente.

Os fuzis estavam apostos, esperando o comando de fogo.

Quando a viatura e os inimigos estavam entre os JSOC, a emboscada foi realizada. A infantaria foi abatida. O motorista foi capturado e levado preso.

Motorista russo preso

O motorista foi levado para prisão ucraniana, junto a um soldado inimigo que estava ferido na emboscada.

O barulho do confronto foi ouvido pelo destacamento inimigo que vinha logo atrás, pela estrada. A aproximação de muitos soldados russos estava acontecendo e os seis JSOC’s não sairiam vivos.

A blindado estava em condições de emprego. Cinco dos seis JSOC’s subiram na viatura. Um seguiu correndo logo atrás. Disparos foram efetuados pelo grupamento invasor, muitos acertaram o veículo, mas um feriu gravemente a perna do soldado que seguia o blindado.

Ao cair, sinalizou que o grupo continuasse, pois se o veículo parasse, as chances de fuga seriam mínimas.

Chegando no vilarejo, os JSOC foram recebidos com muita comemoração pelos ucranianos. O moral da tropa, antes abatida, elevou-se. Por minutos os combatentes aliados festejaram o domínio do blindado que outrora lhes causara baixas.

Blindado russo

Sem utilidade aos ucranianos, o blindado foi deixado entre a colina e o vilarejo. Era uma isca: a porta estava aberta, mas a chave não estava na ignição. Os russos que se aproximavam eram abatidos.

Uma defensiva foi instaurada no vilarejo. A ogiva devia ser protegida. Os JSOC e os ucranianos resistiam a onda de russos que vinham pela mata. Snipers de ambos os lados agiam ao mínimo de exposição de seus oponentes.

Por longo tempo os invasores foram contidos. Os minutos eram eternos, ao passo que os reforços ucranianos atualizavam o tempo de chegada. Sem a viatura e baixo contingente, os russos foram contidos.

Com a chegada de reforços ucranianos, a ogiva foi levada para a base aliada.

Depois da batalha, o soldado JSOC antes ferido e capturado foi trocado por um prisioneiro russo. Mesmo vendado, o soldado informou os pormenores que conseguiu visualizar enquanto esteve preso.

O General russo, que não foi encontrado na batalha noturna, teria sido avistado ferido em um dos confrontos, mas não houve comprovação de sua presença.

Os JSOC estavam quase sem munições. Um deles, chegou a ficar tão somente com doze munições no único carregador municiado.

Há indícios de novas batalhas. Os JSOC receberam ordens de continuar no auxílio aos ucranianos para expulsar de vez os russos de seu território.

Até a próxima!

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